sexta-feira, 1 de julho de 2011

Alguém tem que falar!!!


- A vida nas ruas...

São Paulo, a maior metrópole do país. Shoppings Center, galerias de arte, parques exóticos, grandes edifícios e muito mais espalhados em uma área de 248.808 km² e uma população cerca de 36.969.476 habitantes. Mas hoje nós vamos conhecer a realidade entre toda essa riqueza, a margem da sociedade.



Só na cidade de São Paulo existe cerca de 15 mil moradores de rua. Destes, 7% são crianças e adolescentes e 80% são homens de mais ou menos 40 anos. Grande parte é nascida em São Paulo, 33% são migrantes da região Nordeste e ¼ dessa população já esteve presa. Em uma pesquisa de campo, fomos às ruas ver como é a vida dessas pessoas e como elas lutam para sobreviver.
Morar na rua é enfrentar uma sucessão de obstáculos. Comer, dormir, ir ao banheiro e um dos principais inimigos: a chuva. Eles sobrevivem pedindo esmolas, procurando restos de alimentos no lixo e até engraxando sapatos para ganhar dinheiro. Alguns têm emprego, mas o que ganham é o suficiente apenas para se alimentar. Procuram abrigo para se defenderem do frio e da chuva, mas nas ruas, não há muitas opções.
Existem os albergues, pequenas hospedagens a preços populares, ainda assim não é fácil. Nos últimos anos, muitos albergues foram fechados e outros não aceitam o morador de rua. O jeito é dormir nas calçadas ou debaixo dos viadutos.
Segundo depoimentos dos próprios moradores de rua, o tratamento da sociedade em relação a eles é o pior possível. As pessoas passam e xingam, cospem, humilham e muitas vezes os agridem fisicamente. Existem casos que jogam gasolina e colocam fogo enquanto eles dormem. Muitas são as vítimas de grupos rebeldes e violentos que não respeitam essas condições de vida.
Como pode alguém tratar uma pessoa com tanto desprezo a ponto de xingar, cuspir, violentar? Só quem vive na rua sabe o quanto é difícil ser ignorado o tempo inteiro. Como se não bastasse tudo isso, ainda há o problema com os vícios, drogas e álcool. A droga que mais atinge esses moradores de rua é o crack. Muitos gastam o pouco que ganham apenas para comprar a pedra. Depois, sob efeito da droga, ficam violentos, sem consciência dos seus atos e dependentes. Com o vício, eles passam a fazer qualquer coisa para adquirir a droga, é assim que eles começam a roubar e muitas vezes até matar por dinheiro.
O crime, a droga, a miséria e o preconceito alimentam o ódio dessa população. Isso é um problema social para o qual o governo tem fechado os olhos. É necessário que se tomem providencias para mudar essa situação. É necessário mais abrigos, mais oportunidade de emprego, mais segurança e a conscientização e colaboração de toda a sociedade.

Essa é a margem da sociedade. Isso é parte da grande São Paulo.