quinta-feira, 21 de junho de 2012

Os dias de dificuldade passarão...
Passarão também, os dias de amargura e solidão.
As dores e as lágrimas passarão.
A saudade do ser querido que está longe, passará.
Dias de felicidade, também passarão...


Guardemos a certeza pelas próprias dificuldades já superadas que não há mal que dure para sempre... Assim, façamos a nossa parte o melhor que pudermos, sem desanimar e confiando em Deus, aproveitando cada segundo, cada minuto que por certo, também passará.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

No bar todo mundo enche o peito e dispara: “eu sou de ninguém, eu sou de todo mundo e todo mundo é meu também♪”. Aí quando passa o efeito do uísque com energético e dos beijos sem compromisso, a pessoa aluga o amigo e reclama de solidão, desinteresse e blá blá blá...

A maioria não quer ser de ninguém, mas quer que alguém seja seu. Ou fala que não quer ser de ninguém mas no fundo quer, sim você quer!! Porque quer assistir tv debaixo das cobertas num dia chuvoso comendo pipoca, tomando chocolate quente, quer o prazer de dormir junto abraçado, da cumplicidade, de rir junto e falar como o pessoal do trabalho é tosco; ter alguém para fazer cafuné, pra contar seus medos, ter um colo pra chorar, um beijo que não deixa aquela lágrima cair lembra? Isso tudo vai muito além de cobranças idiotas, somos livres...
E ser de alguém não é perder a liberdade. Ser livre também não é só beijar na boca e não ser de ninguém. É ter coragem e se permitir viver um sentimento, se entregar e não ter medo do que virá.

É como... parar de fumar

É difícil parar algo que te traz momentos de prazer, alegria e paz, difícil parar por causa da abstinência. É como um fumante que necessita de nicotina para aplacar a necessidade criada pelo organismo por tal substância. Mas eu vivo uma abstinência de momentos que foram interrompidos, de um cheiro, de um abraço que me escondia do mundo, um beijo que despertava os morceguinhos na barriga... Acho que essa é a pior abstinência que existe. 


Eu faço outras coisas que me fazem feliz, estou em lugares diferentes com pessoas diferentes e esqueço tudo. Mas vem sempre um momento em que eu paro, e quando paro é a única coisa que eu sinto “ele poderia estar aqui; eu poderia estar em qualquer lugar por ele”. Uma vez eu consegui curar a abstinência largando de uma vez e totalmente o vício (lógico que eu tive recaídas, mas larguei), e agora eu não consigo usar a mesma tática, e penso: quando alguém vai parar de fumar, não para de uma só vez, vai largando aos poucos... e de repente já não fuma e até consegue ficar perto do cigarro sem ter a necessidade de fumar, então talvez seja perfeitamente possível ir diminuindo a quantidade e tentar acostumar-se. 


Não é fácil, mas é preciso. Porque eu tenho que colocar na mente o que me passou pelos olhos: “é isso, não tem mais jeito ♪” ou “deixe o passado passar”. Tudo bem... o que se pensa determina a vontade de realizar, então vou pensar assim. A imaginação TEM QUE SER mais forte que a vontade, eu vou conseguir largar esse vício, uma hora essa abstinência passa.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Quem não sente saudade é porque não tem nada bom para relembrar, nada que tenha se permitido viver, nada para dizer que valeu a pena, é "virgem de coração". É porque nunca sentiu verdadeiramente nada, nunca se doou completamente a nada, nunca conheceu algo, alguém que ensinasse que só vale a pena ter e viver quando compartilhado.
Me dê um motivo para perder tempo lutando pelo amor de alguém que simplesmente não quer saber de você... 

Quando uma pessoa não está a fim, deixa claro, e quando está, demonstra. Imagine se alguém vai te deixar no sofá olhando fixamente para o telefone, ou na frente do computador esperando abrir a janelinha do MSN.
As pessoas não são complicadas, elas sempre deixam claro seu interesse ou não. Quem não demonstra carinho, atenção, não está a fim e na verdade só falta gritar para a outra pessoa entender. Pois devia gritar logo... Mas não grita, vai demonstrando com pequenas atitudes conscientes ou não. 

E a gente aqui prefere acreditar que ele esqueceu o celular, do que encarar o fato de que não telefonou porque não sentiu vontade. Nós é que damos sempre outra versão á realidade. Mas eu acho melhor levar um fora e chorar três dias seguidos do que alimentar uma relação que só existe pra mim. Não podemos arrumar desculpa para o nosso coração, porque ele é sincero, revela a verdade o tempo todo. A gente sabe e não quer acreditar!

sexta-feira, 8 de junho de 2012

A "ressaca"

As vezes eu tenho vontade de ser superficial e individualista. Daquelas que viram páginas ou descartam do folhetim sem sentir nada. Sem intensidades, sem saudade, sem vínculo com nada nem ninguém, apenas eu comigo mesma. Mas algo em mim, talvez seja a minha alma... ela não sabe viver de outra forma porque nasceu para o amor e para amar e não sabe viver sem essa entrega, então ela se joga sem saber onde vai cair. E eu vivo com toda a intensidade que ela exige, mesmo pensando as vezes que meu corpo não vai suportar, mas é a maneira dela se manter viva.


E é ela quem me faz perceber que pode não valer a pena ser quem eu queria ser... porque esses momentos de epifania que eu vivo valem por qualquer coisa que eu tenha que suportar depois deles. É como uma ressaca. Um dia você bebe, bebe, curte muito. No outro dia você está quebrado, não lembra quase nada, a cabeça parece que vai explodir, dói... dói muito, tudo. A bendita da ressaca. Mas passado esse momento, você diz: "cara, tomei um porre legal, fiquei muito louco, curti demais!" 
Então, o que você lembra e te faz rir, o que você vai contar é como o momento que você se divertiu, e não o dia da sofrida ressaca. E como eu não conheço nenhuma ressaca que tenha sido eterna... Essa minha uma hora vai passar! 


sábado, 2 de junho de 2012

O mal dessa época

Vivemos em uma época de depressão. As pessoas dizem que se amam, mas se matam. À medida que a ciência avança, as bactérias tornam-se mais fortes. Mais tecnologia e menos comunicação é o que acontece, a falta de diálogo entre as pessoas é um problema sério. Mas isso ainda não é o mal.
Agressão, depressão, angústia, falta de diálogo são filhos do verdadeiro mal dessa época, a solidão. Quando estamos entre muitas pessoas e nos sentimos sozinhos é a pior parte, porque mostra como o problema está em nós mesmos.
Um dia li uma frase que dizia "para viver sozinho, você tem que ser um animal ou um deus". Deus diz que não é bom que o homem viva sozinho. A solidão faz com que as pessoas conheçam melhor a si mesmas. É quando você está sozinho e pensa em tudo que tem feito,os erros, os acertos, conhece os seus limites. Mas acostumar-se com a solidão é entregar-se á ela. O isolamento enfraquece, fragiliza. E é neste momento que você se torna a vítima de si mesmo.
Ás vezes, acompanhados, tudo se torna mais fácil. Mas o homem foge do compromisso de dar a mão um ao outro. Não ficar só, exige um esforço, respeitar as diferenças, aceitar o outro como é, e amar acima de tudo, mas poucos fazem isso. Daí vem o desentendimento, a violência, a depressão. Então, o homem busca a felicidade de todas as outras formas e luta para não ficar só, mas termina só.
Por isso eu penso que a solidão é o  mal dessa época.

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Conforme esses dias passam, eu me refugio no que posso. Às vezes eu sento no ônibus e não quero mais ler, fico ouvindo música, ouço tudo o que sinto cantado por outra. Quem me olha diz “é uma estátua, não tem alma”. Realmente, nesse momento não tenho, minha alma interna se exilou de mim e está em algum lugar de um passado feliz ou está no presente em algum lugar a procura dele, que eu não sei como está, onde está e se ainda está... 


O Pedro disse que podem nos arrancar um braço, uma perna e nós continuamos vivendo, mas se nos arrancam a alma, nos tornamos apenas um saco de ossos chacoalhando por aí. Ele está certo, o vento sopra para todos os lados, as curvas na estrada vão me levando de um lado para outro e eu vou indo assim, chacoalhando sem sentir, sem falar e sem saber nada...