quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Dançando... Alvorada ♥

Se acredita no depois, prefiro o agora, se no fim formos só nós dois, que seja lá fora.

E de repente era o depois, tudo de novo ao normal, o sol chegou e levou você. Não há truque ou coisa igual, pra fazer ser noite outra vez. Nada que eu possa inventar, artifício ou ilusão, pra fazer ser noite outra vez. 

Mas se o mundo acabar hoje eu estarei dançando...

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Maquiada de Felicidade

Minha felicidade hoje é essa maquiagem, que quando eu acordo feia, com olheiras, pálida... eu passo a cada passo. Eu realço o olhar, corrijo falhas, disfarço olheiras e dou até uma corzinha à pele. 
Quando eu me olho, me vejo bonita, às vezes linda até me convenço que é real. E assim eu saio, subo no salto, sorrio, canto, danço, bebo... E volto.
E volto ao espelho, retiro a maquiagem e me vejo feia, pálida e cansada, apenas o Meu reflexo.

O meu sorriso é essa maquiagem, que eu coloco no rosto e até me convenço. Estou feliz! 
Mas apenas estou, estava, até a maquiagem sair. 
A minha felicidade é essa clandestina. É essa que acaba no momento que volto a ser somente eu.
E a cada dia vou me maquiando de felicidade, até que eu seja liberta, até que eu seja FELIZ!

terça-feira, 21 de agosto de 2012


Não se esqueça, por enquanto de esquecer alguma coisa
pela casa e vir buscar do nada...

E fica por aqui, vem cuidar de mim, vamos ver um filme, ir ao parque, discutir Caetano, planejar bobagens e morrer de rir.

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

'Com vontade de mil coisas'


Às vezes quero fugir dessa cidade, dessa correria, seriedade, de ter que ser forte. Quero pegar um trem com destino a sei lá onde e sei lá que horas eu volto!!  Às vezes dá aquela sensação de "quero colo" sabe? Mas todo mundo pensa que porque a gente cresce a gente não precisa. Eles falam que você é bonita, inteligente, tem amigos, um trabalho legal então você tem tudo. Eles pensam que porque você não é mais uma adolescente em crise existencial você é a senhora maturidade que sabe lidar com tudo. EU NÃO SEI PORRA!  Eu não sei lidar com a separação, com as perdas, com a saudade, com pessoas que não me entendem, com a falta de tempo pra fazer o que me faz bem... 

Eu quero é encontrar alguém bem doido sabe? Sem-Medo Sem-Vergonha! Eu quero loucamente encontrar alguém bem louco com vontade de mil coisas, que corra na chuva e pule poças, que fique bêbado com refrigerante, que tenha comigo uma overdose de suspiro e chocolate. Que fale mal das músicas que eu gosto, mas que as dance comigo até cansar. Quero também, recitar poemas deitada na grama com o sol embaçando a visão, quero cultuar a Dionísio ouvindo Chico. Não importa se vai ser por 5 minutos ou por 50 anos...

Eu preciso loucamente de um pouco de loucura, tá frio já faz tempo e eu quero Fogoo!

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

O (amado) Invasor



Eu estava sozinha e no auge da felicidade, eu tinha planos pra mim. Eu era um castelo que as pessoas só entravam até o jardim, tinha um limite. Mas um rapaz de lindos olhos chegou sem ao menos ter a delicadeza de trazer-me flores! Passou pelo jardim e foi arrebentando a porta, virando a mesa e bagunçando minha cama... me olhou nos olhos, me pegou no colo e falou de amor, falou de “tudo”e ainda falou de futuro. Eu disse que éramos jovens, íamos conhecer ainda muitas coisas, lugares e pessoas, íamos mudar muito, ainda mais ele que mudava de ideia como eu mudava de roupa... Mas um dia eu me entreguei àquela loucura e a música tocou mais alto: “olha que eu mudo meus sonhos pra ficar na sua vida” ♫ 
¡ Estraguei tudo!

Todo o eu virou nós, eu me perdi de mim, só me encontrava nele. Quis voltar a ser como era, quis fugir daquilo tudo. Eu sabia, eu sabia que eu não servia para relacionamentos! Mas eu servia para o amor... e o meu amor estava ali, nele. Eu estava, meus planos estavam, meus medos estavam também, tudo nele. Se eu me soltasse daquilo tudo, me soltaria dele, e como separar as coisas? Não sei, não sabia. E enquanto eu não sabia o que fazer, ele já estava fazendo... estava se soltando de mim aos poucos. Pequenas-terríveis atitudes, pequenos-terríveis inconscientes gestos e a corda ia arrebentando até ficar por um fio. E então eu cortei o fio e me soltei para cair não sabia onde... A sorte é que eu tenho muita sorte, e que mesmo perdida sou criativa, encontrei a preciosa gota de mel no oceano de fel que eu me afogava, e foi com ela que me fortaleci, reencontrei o caminho e voltei pra mim.
¡ Eu voltei pra mim!

E apesar de ainda amá-lo daquele jeitinho colorido, ciumento, bobo, criançona e até possessiva do começo... nada mais depende dele, do amado invasor, porque mesmo amando-o, não preciso do sorriso dele para sorrir, não preciso do coração dele batendo ao lado para o meu bater também. Eu quero. Por hoje ainda quero. Mas não preciso, não é mais necessidade, 
é só amor. 


segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Com o tempo a gente aprende a olhar com menos ilusões, aceitar com menos sofrimento, entender com mais tranquilidade e querer com mais doçura

E toma mais um café amargo, lê mais um livro e ainda conta a história.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Os dias de dificuldade passarão...
Passarão também, os dias de amargura e solidão.
As dores e as lágrimas passarão.
A saudade do ser querido que está longe, passará.
Dias de felicidade, também passarão...


Guardemos a certeza pelas próprias dificuldades já superadas que não há mal que dure para sempre... Assim, façamos a nossa parte o melhor que pudermos, sem desanimar e confiando em Deus, aproveitando cada segundo, cada minuto que por certo, também passará.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

No bar todo mundo enche o peito e dispara: “eu sou de ninguém, eu sou de todo mundo e todo mundo é meu também♪”. Aí quando passa o efeito do uísque com energético e dos beijos sem compromisso, a pessoa aluga o amigo e reclama de solidão, desinteresse e blá blá blá...

A maioria não quer ser de ninguém, mas quer que alguém seja seu. Ou fala que não quer ser de ninguém mas no fundo quer, sim você quer!! Porque quer assistir tv debaixo das cobertas num dia chuvoso comendo pipoca, tomando chocolate quente, quer o prazer de dormir junto abraçado, da cumplicidade, de rir junto e falar como o pessoal do trabalho é tosco; ter alguém para fazer cafuné, pra contar seus medos, ter um colo pra chorar, um beijo que não deixa aquela lágrima cair lembra? Isso tudo vai muito além de cobranças idiotas, somos livres...
E ser de alguém não é perder a liberdade. Ser livre também não é só beijar na boca e não ser de ninguém. É ter coragem e se permitir viver um sentimento, se entregar e não ter medo do que virá.

É como... parar de fumar

É difícil parar algo que te traz momentos de prazer, alegria e paz, difícil parar por causa da abstinência. É como um fumante que necessita de nicotina para aplacar a necessidade criada pelo organismo por tal substância. Mas eu vivo uma abstinência de momentos que foram interrompidos, de um cheiro, de um abraço que me escondia do mundo, um beijo que despertava os morceguinhos na barriga... Acho que essa é a pior abstinência que existe. 


Eu faço outras coisas que me fazem feliz, estou em lugares diferentes com pessoas diferentes e esqueço tudo. Mas vem sempre um momento em que eu paro, e quando paro é a única coisa que eu sinto “ele poderia estar aqui; eu poderia estar em qualquer lugar por ele”. Uma vez eu consegui curar a abstinência largando de uma vez e totalmente o vício (lógico que eu tive recaídas, mas larguei), e agora eu não consigo usar a mesma tática, e penso: quando alguém vai parar de fumar, não para de uma só vez, vai largando aos poucos... e de repente já não fuma e até consegue ficar perto do cigarro sem ter a necessidade de fumar, então talvez seja perfeitamente possível ir diminuindo a quantidade e tentar acostumar-se. 


Não é fácil, mas é preciso. Porque eu tenho que colocar na mente o que me passou pelos olhos: “é isso, não tem mais jeito ♪” ou “deixe o passado passar”. Tudo bem... o que se pensa determina a vontade de realizar, então vou pensar assim. A imaginação TEM QUE SER mais forte que a vontade, eu vou conseguir largar esse vício, uma hora essa abstinência passa.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Quem não sente saudade é porque não tem nada bom para relembrar, nada que tenha se permitido viver, nada para dizer que valeu a pena, é "virgem de coração". É porque nunca sentiu verdadeiramente nada, nunca se doou completamente a nada, nunca conheceu algo, alguém que ensinasse que só vale a pena ter e viver quando compartilhado.
Me dê um motivo para perder tempo lutando pelo amor de alguém que simplesmente não quer saber de você... 

Quando uma pessoa não está a fim, deixa claro, e quando está, demonstra. Imagine se alguém vai te deixar no sofá olhando fixamente para o telefone, ou na frente do computador esperando abrir a janelinha do MSN.
As pessoas não são complicadas, elas sempre deixam claro seu interesse ou não. Quem não demonstra carinho, atenção, não está a fim e na verdade só falta gritar para a outra pessoa entender. Pois devia gritar logo... Mas não grita, vai demonstrando com pequenas atitudes conscientes ou não. 

E a gente aqui prefere acreditar que ele esqueceu o celular, do que encarar o fato de que não telefonou porque não sentiu vontade. Nós é que damos sempre outra versão á realidade. Mas eu acho melhor levar um fora e chorar três dias seguidos do que alimentar uma relação que só existe pra mim. Não podemos arrumar desculpa para o nosso coração, porque ele é sincero, revela a verdade o tempo todo. A gente sabe e não quer acreditar!

sexta-feira, 8 de junho de 2012

A "ressaca"

As vezes eu tenho vontade de ser superficial e individualista. Daquelas que viram páginas ou descartam do folhetim sem sentir nada. Sem intensidades, sem saudade, sem vínculo com nada nem ninguém, apenas eu comigo mesma. Mas algo em mim, talvez seja a minha alma... ela não sabe viver de outra forma porque nasceu para o amor e para amar e não sabe viver sem essa entrega, então ela se joga sem saber onde vai cair. E eu vivo com toda a intensidade que ela exige, mesmo pensando as vezes que meu corpo não vai suportar, mas é a maneira dela se manter viva.


E é ela quem me faz perceber que pode não valer a pena ser quem eu queria ser... porque esses momentos de epifania que eu vivo valem por qualquer coisa que eu tenha que suportar depois deles. É como uma ressaca. Um dia você bebe, bebe, curte muito. No outro dia você está quebrado, não lembra quase nada, a cabeça parece que vai explodir, dói... dói muito, tudo. A bendita da ressaca. Mas passado esse momento, você diz: "cara, tomei um porre legal, fiquei muito louco, curti demais!" 
Então, o que você lembra e te faz rir, o que você vai contar é como o momento que você se divertiu, e não o dia da sofrida ressaca. E como eu não conheço nenhuma ressaca que tenha sido eterna... Essa minha uma hora vai passar! 


sábado, 2 de junho de 2012

O mal dessa época

Vivemos em uma época de depressão. As pessoas dizem que se amam, mas se matam. À medida que a ciência avança, as bactérias tornam-se mais fortes. Mais tecnologia e menos comunicação é o que acontece, a falta de diálogo entre as pessoas é um problema sério. Mas isso ainda não é o mal.
Agressão, depressão, angústia, falta de diálogo são filhos do verdadeiro mal dessa época, a solidão. Quando estamos entre muitas pessoas e nos sentimos sozinhos é a pior parte, porque mostra como o problema está em nós mesmos.
Um dia li uma frase que dizia "para viver sozinho, você tem que ser um animal ou um deus". Deus diz que não é bom que o homem viva sozinho. A solidão faz com que as pessoas conheçam melhor a si mesmas. É quando você está sozinho e pensa em tudo que tem feito,os erros, os acertos, conhece os seus limites. Mas acostumar-se com a solidão é entregar-se á ela. O isolamento enfraquece, fragiliza. E é neste momento que você se torna a vítima de si mesmo.
Ás vezes, acompanhados, tudo se torna mais fácil. Mas o homem foge do compromisso de dar a mão um ao outro. Não ficar só, exige um esforço, respeitar as diferenças, aceitar o outro como é, e amar acima de tudo, mas poucos fazem isso. Daí vem o desentendimento, a violência, a depressão. Então, o homem busca a felicidade de todas as outras formas e luta para não ficar só, mas termina só.
Por isso eu penso que a solidão é o  mal dessa época.

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Conforme esses dias passam, eu me refugio no que posso. Às vezes eu sento no ônibus e não quero mais ler, fico ouvindo música, ouço tudo o que sinto cantado por outra. Quem me olha diz “é uma estátua, não tem alma”. Realmente, nesse momento não tenho, minha alma interna se exilou de mim e está em algum lugar de um passado feliz ou está no presente em algum lugar a procura dele, que eu não sei como está, onde está e se ainda está... 


O Pedro disse que podem nos arrancar um braço, uma perna e nós continuamos vivendo, mas se nos arrancam a alma, nos tornamos apenas um saco de ossos chacoalhando por aí. Ele está certo, o vento sopra para todos os lados, as curvas na estrada vão me levando de um lado para outro e eu vou indo assim, chacoalhando sem sentir, sem falar e sem saber nada...

quinta-feira, 31 de maio de 2012

"A questão mais aflitiva para um espírito no além é a consciência do tempo perdido."
Chico Xavier



Essa frase me lembra Um Conto De Natal, de Charles Dickens. Mais especificamente me lembra o personagem Sr. Scrooge, um homem ensimesmado que pensa fazer sempre o suficiente, rodeado de pessoas abertas para a vida, porém ele não vê a necessidade de ser como elas e vive fechado para relações. Scrooge recebe visitas de pessoas que tentam mostrar-lhe como é bela a vida quando se faz parte de algo, quando faz o bem às pessoas. Porém o que mais me marcou foi a visita do falecido amigo Marley, que era muito parecido com Scrooge em vida e que o contatou através do sonho.


Quando Scrooge pergunta-lhe por que veio visitá-lo, Marley responde:

- Exige-se de todo homem que o espírito dele visite seus semelhantes, viajando a lugares distantes. Mas se ele não fizer isso equanto estiver vivo, terá de fazer depois da morte. É obrigado a vagar pelo mundo e a ver acontecimentos dos quais não pode mais participar, mas deveria ter participado quando ainda estava na Terra, transformando-os em felicidade.

Scrooge tinha construído uma corrente fechando-se em si e percebera que teria o mesmo futuro de Marley. Mas vendo a verdade nas palavras do amigo, viu seu passado, presente e como seria o futuro se continuasse a agir de tal forma. Sentiu-se feliz quando acordou e percebeu que tudo não passara de um sonho e ainda havia tempo de mudar. Scrooge nem se importou com o que as pessoas pensariam de sua mudança, pois tornara-se sábio, seu coração transbordava de felicidade. Desde aquele dia passou a viver sob o princípio da generosidade, fazendo o melhor a si mesmo e aos outros. Ele abriu seu coração para a vida.



O que aprendemos com esses dois personagens, além de que temos que fazer sempre o nosso melhor enquanto estamos vivos para isso, é que por vezes também não sabemos que existe algo de errado em nós, mas o amigo está ali para nomear o problema e nos mostrar o caminho. Mais uma vez a importância do outro em nossa vida...

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Eu chamo de etapas de esquecimento...

É horrível ter que se acostumar com a ausência do outro, com a sensação de perda, a falta dos abraços, dos beijos, da respiração ao pé do ouvido, dos braços enlaçando a cintura... Mas a gente acostuma. 
Depois vem aquela etapa de abandonar o que sentimos, esvaziar o coração e remover a saudade (como se fosse simples rs’).

Mas é preciso passar por essas “etapas de esquecimento”, se acabou externamente, tem que acabar aqui dentro também, só assim abrirá espaço para novos amores e novas felicidades...

segunda-feira, 28 de maio de 2012

A importância do outro em nossa vida


Vidas Secas é um livro cheio de temas e ensinamentos, porém o que mais me marcou nele foi a necessidade que o ser humano tem do outro. Porque eu sempre quis muito ser sozinha, num futuro próximo morar sozinha, fazer tudo sozinha e ser feliz do meu jeito. Eu queria amores mas não queria um amado, nem uma amiga sequer para viver comigo. 
Mas com o tempo eu fui percebendo que a vida sozinha traz uma solidão que começa a incomodar em certo momento... Todos precisamos daqueles "comigo mesmo", mas são momentos e não uma vida.
Na história Fabiano está com a esposa Sinhá Vitória e os dois filhos pequenos fujindo da seca. Eles vivem de lugares em lugares buscando melhores condições de vida e não é fácil. Mas em todo o decorrer da história vemos o importante papel de Vitória, pois ela era quem tinha as palavras de novo ânimo, as palavras e as ações dela que levantavam Fabiano quando este estava mal. 
A conversa os ajuda a alimentar a esperança de que vão reconstruir a vida. Quando Fabiano diz não ter certeza de que encontrarão um lugar melhor, Vitória lhe dá forças, ela não abre mão de pensar em uma vida melhor. Fabiano e Vitória apoiam-se um no outro e conseguem retirar do mais profundo de si, um poder de imaginar, sonhar, ver o belo no caos para no futuro poderem realizar. Poder imaginar que algo bom nos espera, nos da forças para prosseguir. Essa força interna que nos faz buscar lembranças de acontecimentos bons passados e imaginar que por mais que esteja o presente difícil, o futuro será melhor. 
É importante ter alguém ao nosso lado, ninguém vai sempre suportar TUDO sozinho, por mais auto suficientes que sejamos todos nós precisamos de uma Vitória em nossa vida. Um amigo, um irmão, uma namorada, pai, mãe, enfim você saberá que é a sua Vitória...

domingo, 27 de maio de 2012

Reflexão sobre os amores

Baseada nas personagens Desdêmona, Ana Karenina e Nástenka.

Platão diz que quem ama tem um deus dentro de si, ele é o nosso guia e nos permite adivinhar o que está acontecendo com nosso amado. O essencial é ter esse "deus amor" dentro de nós, e não colocarmos o amado como deus fora de nós, o qual é a razão da nossa vida, isso é o Amor Romântico, onde a pessoa tem o amado como seu TUDO e quando ele se vai não há mais razão para a felicidade e nem para viver. O amor ampliado é aquele em que amamos alguém com toda a intensidade de nosso ser, mas quando o amor acaba ou se transforma ele se amplia fazendo-nos felizes pelo amor que tivemos e preparados para um novo amor.

O amor romântico...
Desdêmona ( Otelo - Shakespeare)

Desdêmona apaixonada por Otelo larga tudo, o pai, a pátria, os amigos para viver apenas seu amor. Otelo era um homem que não acreditava nas mulheres,achava que todas elas traiam, então tinha uma dificuldade de ver a pessoa real que estava ao seu lado e a tratava mal. Desdêmona por sua vez, amava tanto Otelo que não se importava em ser tratada de tal forma e ainda dizia "os homens são assim mesmo, não devemos esperar deles as mesmas atenções do dia do casamento". Pensando assim ela se anula e vive para ele e por ele. Quando pressente que vai morrer, e por não entender que o amor é uma potência de vida, por não ser forte, se entrega passivamente à morte, cumprindo o Ideal do Amor Romântico.

Ana Karenina (Tolstoi)

Ana era uma jovem bela, elegante com simplicidade e alegre diante da vida. Com um filho e uma vida matrimonial satisfatória. Porém a história mostra que seu casamento é baseado em convenções que não incluem amor e fidelidade.
Ana conheceu e se apaixonou por Vronski, largou trabalho, filho, marido e amigos, para viver em função do amor dos dois. O marido de Ana era tão "arraigado" à convenções e religião que seu "eu próprio" já não existia, e quando Ana lhe falou o que estava acontecendo ele disse: " não estou falando como um marido ciumento, mas como alguém que conhece as regras". 
Ana e Vronski abriram mão de tudo pensando que o amor seria suficiente. Porém em certo momento, Ana sentiu falta do filho e quis vê-lo, no entanto o marido havia dito à criança que a mãe estava morta, e ela não poderia então ver o filho. Sentindo-se abandonada agarrou-se a Vronski como uma tábua de salvação, fazendo-o sentir-se sufocado. Ele por sua vez, estava voltando para o mundo, sentia falta do trabalho. Ana vê isso como uma traição e acusa-o de não amá-la.
Vronski foi convocado para uma batalha e Ana ficou furiosa quando ele decidiu ir, mas ele foi sincero e disse: "Sou um homem, tenho um trabalho a fazer, quero meus camaradas e meus colegas, o amor não é tudo". 
Ana não suportando ficar sem ele, joga-se nos trilhos do trem. Sua historia é uma tragédia, pois ninguém percebe sua angústia para ajudá-la, e ela própria não consegue seguir sua vida sem Vronski.

Do amor romântico para o amor ampliado...
Nástenka (Noites Brancas- Dostoiévski)


Nástenka era jovem, vivia com sua avó e nada mais fazia além de cuidar dela e ajudá-la. Um dia conheceu o Inquilino e apaixonaram-se. Em certo momento o Inquilino disse para ela que iria embora, Nástenka não suportou a ideia, caiu aos seus pés e disse-lhe que não viveria sem ele e nunca seria feliz. Ele disse á ela que voltaria em um ano...
Nástenka passou um ano á espera do amado e cuidando da avó. Ela poderia ter estudado, trabalhado, feito amigos, conhecido lugares novos enquanto esperava por ele, mas ela apenas viveu um ano esperando os dias passarem.
Um ano se passou e o Inquilino não chegou, então ela não teve outra reação a não ser chorar, foi para uma ponte e chorou olhando as águas turvas, não via sentido em sua vida, tudo pelo que esperava havia se perdido (se ela tivesse se apegado a outras coisas anteriormente ditas, nesse momento ela estaria estruturada para suportar a perda, teria outras razões para se alegrar e continuar sua vida sem ele).
Foi quando um Sonhador, que era um homem fechado para os sentimentos, para as pessoas, sem fé no amor e que vivia em seus devaneios, aproximou-se dela... Nástenka e o Sonhador contaram um ao outro suas historias, e tiveram uma grande empatia um pelo outro. Encontraram-se quatro noites e nessas noites 
aprenderam um com o outro o sentido do bom encontro, ela amou o Sonhador por todas as conversas e alegria que ele lhe trouxe, o Sonhador apaixonou-se por ela por fazê-lo acreditar novamente no amor, na felicidade. Esse amor que sentiram um pelo outro foi o amor ampliado.
Quando o inquilino voltou, Nástenka estava feliz pois tivera um bom encontro, amou outra pessoa e estava preparada para ser feliz por completo e foi embora com ele. O Sonhador de início ficou triste, mas havia crescido, seu sentimento foi ampliado e ele sentiu que se ela estivesse feliz ele também estaria e encontraria alguém assim como ela encontrou. Nástenka mandou uma carta dizendo ao Sonhador que para sempre o amaria, pois com ele aprendeu a verdadeira felicidade e sabedoria de amar. 


O verdadeiro sentido do amor é esse, na vida real temos que vivê-lo assim... sabe 
aquela história de "enquanto não encontro o certo eu me divirto com os errados"? kkk' É quase isso, não podemos passar a nossa vida apegados a uma coisa ou uma pessoa apenas, é preciso ter amor à família, aos estudos, ao trabalho, aos amigos... ter a sua felicidade em cada um deles tornando-os estruturas de vida para quando um acabar os outros sustentarem. E tornar cada amor ampliado, aprendendo com cada novo amor, pois são os pequenos amores que vivemos que nos preparam para o grande amor...

sábado, 19 de maio de 2012

Mr. Big ♥

Carrie e Mr. Big - Sex and the City
Ele é definitivamente o cara errado. Na verdade, o cara errado para ser feliz para sempre, mas o cara certo para ser extremamente feliz em alguns momentos. É charmoso, interessante, inteligente e não está lá nem cá. O Mr. Big é inesquecível e traz uma montanha russa de emoções, com os dois lados da moeda, com o tudo e o nada na mesma pessoa, com esse amor de expectativa. Ele te tira do sério, mas sempre que liga, te chama no msn ou em qualquer outro lugar, faz seu coração acelerar e faz com que você aceite tê-lo assim, porque o que você tem com o Mr. Big nunca será um relacionamento... É um caso mal resolvido para sempre!! KKK’

quinta-feira, 17 de maio de 2012

[Re]Construir o castelo ...



Eu nunca acreditei em herói, em príncipe e nunca preferi o mocinho ao vilão, mas eu tinha um castelo lindo que foi derrubado, e mesmo assim o reconstruí tijolo por tijolo. E uma vez reconstruído, ele estava bem mais forte, cheio de armadilhas e com colunas firmes para que quando uma caísse as outras o sustentassem. Todos podiam entrar em meu jardim, pegar rosas, mas nunca entrariam no meu castelo, porque eu sempre quis ficar totalmente sozinha nele.
Há algum tempo, algumas colunas cederam e meu castelo está fragilizado, estou em busca de ferramentas para reconstruí-las. Tenho me apegado ao que restou, mas me sinto muito sozinha... Sempre amei a liberdade, fazer coisas que gosto sem ter que ouvir críticas, opiniões alheias, sempre afastei quem tentasse de alguma forma me mudar. Gostava de não ter a preocupação de cuidar de alguém, de medir palavras porque em geral não sou boa nisso, me irrito fácil e as vezes falo sem pensar. 
No entanto, tenho percebido que não quero mais ficar tão sozinha aqui, porque este castelo é grande e frio. Um dia minha mãe não estará ao lado para eu chamá-la quando os pesadelos vierem, e a luz acesa não irá afastá-los. Então, com quem irei assistir a um filme clichê? Com quem irei tomar chocolate quente na fria tarde de domingo? Para quem eu vou contar como foi estressante ou empolgante o meu dia? Porque eu tenho um castelo, mas não sou uma princesa. Eu tenho muitos defeitos, inseguranças e um imenso orgulho para reconhecer isso, mas reconheço. 
Agora meus pensamentos estão mudando, meus sentimentos são mais fortes do que nunca, e meu medo não é pouco. Eu tenho que conseguir, vou reconstruir cada coluna do meu castelo como era, receber bem os meus visitantes, para que eles não saiam como quem assiste a uma exposição retrospectiva, mas levem um pouco de mim e deixem algo novo. E que o mais esperado dos visitantes entre pelo jardim e invada o castelo, virando a mesa e me tirando de órbita, deixe tudo fora do lugar mas fique: o amor... e quem mais ele quiser trazer com ele. 

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Não me deem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre.
Não me mostre o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração!
Não me façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente!

Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras, não sei voar com os pés no chão.  
                Clarice Lispector ♥ 

quinta-feira, 29 de março de 2012

Que a minha Loucura seja perdoada                               Porque metade de mim é Amor
                                                    E a outra metade Também...



terça-feira, 27 de março de 2012

Quero me entregar, me jogar... Ver mais filmes, ler mais, sair mais. Monotonia não é para mim, não cabe em mim... Quero um trabalho novo, acordar mais cedo, economizar mais. Quero ir mais ao parque, deitar na grama, olhar para o nada; quero sossego, quero o vento bagunçando meu cabelo, quero música e poesia. Olhar para frente, ousar mais, amar muito, muito mais...