domingo, 9 de janeiro de 2011

Deixarei que morra em mim


"Você já desejou matar algo antes mesmo que nascesse? Eu sim!!"

Eu odeio a forma como quero tornar isso real. Porque quando estamos juntos é tão incrível. Eu simplesmente queria parar o tempo e abraçá-lo. Mas o tempo passa, mesmo quando cada segundo dói como uma adaga perfurando seu coração, ele passa. Eu sei, quando olho nos olhos dele que há algo de muito estranho escondido.
Eu sei que ele quer me manter longe, muito longe. E ao mesmo tempo que isso me assusta, me encanta. As vezes, penso como se ele fosse um Nephilim tentando me salvar do demônio, e ao mesmo tempo possuído por um, ele tenta me roubar para si. E quanto mais eu fujo, mais perto estou dele.
Quando tentei correr, senti seus braços envolverem minha cintura. Respirei fundo. Seus lábios macios e gentis pressionaram contra meu rosto e ele me abraçou. Aquele abraço me fez perder qualquer força que ainda restasse em meu corpo. E por mais que ele diga ser frio, sua pele era quente como o sol, o sol do verão que o trouxe para mim. E naquele momento eu preferia que realmente me pertencesse.
Porém, por mais que eu quisesse ficar, eu não podia. Ele chegou destruindo minha primavera de flores ensangüentadas. E embora eu prefira mesmo o frio, eu gosto do jeito que ele me aquece. Mas o verão sempre acaba, a menos que ele torne eterno. Quando voltar, espero que ele me salve, ou apenas me deixe ir com meu lindo demônio para nosso belo paraíso escuro, sem nenhuma lembrança dele. Meu sacrifício agridoce. Meu amor platônico.

( But try. Please, just try. For you or... For me )

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