quinta-feira, 14 de junho de 2012

É como... parar de fumar

É difícil parar algo que te traz momentos de prazer, alegria e paz, difícil parar por causa da abstinência. É como um fumante que necessita de nicotina para aplacar a necessidade criada pelo organismo por tal substância. Mas eu vivo uma abstinência de momentos que foram interrompidos, de um cheiro, de um abraço que me escondia do mundo, um beijo que despertava os morceguinhos na barriga... Acho que essa é a pior abstinência que existe. 


Eu faço outras coisas que me fazem feliz, estou em lugares diferentes com pessoas diferentes e esqueço tudo. Mas vem sempre um momento em que eu paro, e quando paro é a única coisa que eu sinto “ele poderia estar aqui; eu poderia estar em qualquer lugar por ele”. Uma vez eu consegui curar a abstinência largando de uma vez e totalmente o vício (lógico que eu tive recaídas, mas larguei), e agora eu não consigo usar a mesma tática, e penso: quando alguém vai parar de fumar, não para de uma só vez, vai largando aos poucos... e de repente já não fuma e até consegue ficar perto do cigarro sem ter a necessidade de fumar, então talvez seja perfeitamente possível ir diminuindo a quantidade e tentar acostumar-se. 


Não é fácil, mas é preciso. Porque eu tenho que colocar na mente o que me passou pelos olhos: “é isso, não tem mais jeito ♪” ou “deixe o passado passar”. Tudo bem... o que se pensa determina a vontade de realizar, então vou pensar assim. A imaginação TEM QUE SER mais forte que a vontade, eu vou conseguir largar esse vício, uma hora essa abstinência passa.

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